Durante a era colonial americana, as lagostas eram consideradas "carne de lixo" e eram comidas por empregados contratados, prisioneiros e famílias pobres que não podiam pagar por mais nada.
Mesmo as tribos indígenas que viviam perto da costa usavam lagostas como fertilizante ou isca para peixes em vez de consumí-las.
O político do século XIX no Kentucky, John Rowan, disse certa vez: "Cascas de lagosta em uma casa são vistas como sinais de pobreza e degradação."
Era comum as pessoas enterrarem cascas de lagosta no quintal para evitar que seus vizinhos as vissem.
Em uma cidade de Massachusetts, servos contratados até processaram seus proprietários porque ele os estava alimentando com lagosta demais. Eles ganharam o processo e publicaram que só podiam comer lagosta, no máximo, três vezes por semana.
As lagostas tinham uma péssima reputação porque eram extremamente abundantes e se alimentavam de qualquer coisa. Os primeiros colonizadores podiam simplesmente caminhar até a costa e coletá-las porque eles iriam para a costa em massa. Também, não ajudou o fato de que, durante esse tempo, as pessoas comiam lagosta ralando-a inteiramente e comendo-a como uma pasta ou ensopado. Também, era comum alimentar os gatos com lagosta.
No início do século XIX, as pessoas pagavam 53 centavos por feijão cozido em Boston e pagavam apenas 11 centavos por meio quilo de lagosta.
Já no final do século XIX, a opinião sobre a lagosta começou a mudar. À medida que as ferrovias começaram a se expandir pela América, as companhias ferroviárias decidiram servir lagosta porque era barata, abundante e amplamente desconhecida para os passageiros do interior, que a acharam deliciosa. Foi nessa época que a carne de lagosta também estava sendo enlatada e vendida em todo o país, o que aumentou ainda mais a demanda.
Na década de 1920, havia menos lagostas, mas a demanda continuou a aumentar. Só na década 1950 que a lagosta consolidou seu status como iguaria e se tornou algo comido por estrelas de cinema e ricos.
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