Fogo grego era uma arma incendiária usada pela marinha bizantina. Os bizantinos o usavam em batalhas navais para maior efetividade, pois ele podia continuar queimando ao flutuar na água. A arma era uma vantagem tecnológica e foi responsável por muitas vitórias militares bizantinas chaves, notadamente na salvação de Constantinopla de dois cercos árabes, assegurando assim a sobrevivência do império.
Tal foi a impressão provocada pelo fogo grego nos cruzados da Europa ocidental, que o nome passou a ser aplicado a qualquer tipo de arma incendiária,[1] inclusive as usadas pelos árabes, chineses e mongóis. Essas, entretanto, usavam preparados diferentes e não a fórmula bizantina, que era um segredo de estado fortemente guardado e que foi perdido. A composição do fogo grego permanece matéria de especulação e debate, com propostas que incluíram combinações de resina de pinheiro, nafta, cal, enxofre ou salitre. O uso bizantino de misturas incendiárias distinguia-se pelo uso de bocais pressurizados, ou sifão (siphōn), para atirar o líquido sobre o inimigo.
Embora o termo “fogo grego” seja de uso geral em muitas línguas desde as Cruzadas, nas fontes bizantinas originais ele é chamado por vários nomes, como “fogo do mar”
O fogo grego é um dos maiores mistérios da humanidade, já que, apesar de seus séculos de uso, ninguém nunca descobriu a fórmula. O Império Bizantino foi o detentor da criação e sobreviveu a oito séculos de guerras usando o fogo grego. O material inflamável era caracterizado por sua impossibilidade de ser apagado, queimando até mesmo na água.
Fonte: Wikimedia