O pior incêndio do Brasil foi o do Gran Circo Norte-Americano na cidade de Niterói, em dezembro de 1961. Foram 503 mortes e milhares de feridos. Haviam 3 mil pessoas assistindo ao espetáculo dentro da lona de nylon coberta de parafina que, segundo os organizadores do show, era o que tinha de mais moderno na época. Tudo aconteceu de forma criminal, Dequinha, um dos trabalhadores contratados para realizar a montagem do circo, estava planejando uma vingança após ser demitido e impedido de entrar no circo no dia da apresentação. Junto com mais dois homens, conhecidos como Pardal e Bigode, ele arquitetou um plano simples: jogar gasolina na lona e atear fogo. Por conta do material altamente inflamável, as chamas se alastraram rapidamente e o mastro principal se desfez fazendo com que a lona flamejante caísse sobre as milhares de pessoas que ali estavam. Foram 372 vítimas fatais de imediato, mas o número chegou a 503 poucos dias depois. A tragédia foi noticiada internacionalmente e o papa João XXIII celebrou uma missa em homenagem às vítimas.
