A empresa de consultoria Jon Peddie Research, especializada em estatísticas e tendências da indústria de computadores, divulgou ontem (15) um relatório que irá deixar os gamers de cabelo em pé: mais de 700 mil placas gráficas (GPUs) Add-In Board (AIB) foram parar nas mãos de mineradores e especuladores de criptomoedas.
O relatório revela alguns insights sobre o impacto que a mineração de criptomoedas está tendo nas vendas e preços das placas de vídeo. A consultoria admitiu que isso representa cerca de 25% de todas as GPUs de gama alta e média produzidas no mundo, no primeiro trimestre de 2021. Em termos monetários, isso significa um total de US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões).
Além da conclusão óbvia de que AMD, Nvidia e seus parceiros de AIBs ficaram ainda mais ricos, os especialistas da Jon Peddie, que acompanham esse mercado desde 1985, perceberam uma queda gritante na taxa de anexação de GPUs aos PCs. Essa otimização, comum em PCs gamer, chegou a cair para 25% das vendas, antes de retornar à taxa histórica de 50%.
O comportamento das fabricantes de GPUs
Segundo a Jon Peddie Research, o superaquecimento do mercado, o que é tema crítico quando o assunto é GPU, faz com que seu modelo estatístico já não seja tão preciso. Isso porque hoje o mercado não envolve apenas os mineradores "sérios" de criptomoedas, mas também uma multidão de especuladores que empregam bots para comprar placas gráficas e depois revendê-las no eBay, por até quatro vezes o seu valor.
As fabricantes, por sua vez, têm adotado comportamentos diversos. Enquanto a AMD surfa na onda da alta de preços de suas placas de vídeo RDNA 2 (Big Navi), a Nvidia tem procurado ver o lado dos seus consumidores.
Nesse sentido, a empresa lançou em fevereiro a CMP HX, uma linha de processadores de mineração de criptomoedas exclusiva para mineradores profissionais, além de implantar limitadores antimineração em suas GeForce RTX Série 30.
Fonte: tecmundo