Pesquisadores do Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT) observaram que uma teoria desenvolvida por Stephen Hawking sobre os buracos negros se verificou na realidade. Ao observarem as ondas de alguns buracos negros, os cientistas percebera que a área total do horizonte de eventos – o espaço que circunda um buraco negro – nunca pode diminuir em tamanho.
Pesquisas do MIT mostram que as teorias de um jovem Stephen Hawking sobre os buracos negros estavam certas; descoberta evidencia a já sabida genialidade do cientista
Elaborado em 1971, o teorema se baseia na segunda lei da termodinâmica para compreender os buracos negros. Resumidamente, Hawking compara o buraco negro com um objeto térmico e, assim como o calor não pode ser transferido de um objeto mais frio para um objeto mais quente, os buracos negros não transferem massa de dentro para fora.
Os pesquisadores do MIT observaram onda gravitacional GW150914 que foi resultado da fusão de dois buracos negros. Então, eles observaram o antes e depois da fusão e perceberam que mesmo com a colisão e fusão, os sistemas expandiram de tamanho.
“Hawking conseguiu coordenar essas ideias em 1971, mostrando que os buracos negros têm entropia e emitem radiação em escalas de tempo muito longas se seus efeitos quânticos forem levados em consideração”, diz um comunicado do MIT.
“Com este estudo, confirmamos com alguma precisão essa previsão fundamental de Hawking sobre como os buracos negros deveriam funcionar. É muito importante que essas teorias, até agora principalmente abstratas, possam ser abordadas por meio de uma análise observacional“, explicou o físico uruguaio Maximiliano Isi, que coordenou os estudos.