Astrônomos encontram 'lasca' de 3.000 anos-luz no braço em espiral da Via Láctea

 

Este diagrama mostra a "ruptura" dentro do Braço de Sagitário da galáxia Via Láctea, abrangendo 3.000 anos-luz.


TORONTO - Astrônomos da NASA dizem ter descoberto uma estrutura de nuvens de gás e estrelas jovens que formam uma "ruptura" nos braços em espiral da galáxia Via Láctea.

A estrutura contém estrelas jovens e quatro nebulosas, que são nuvens interestelares de gás e poeira onde as estrelas são criadas, e se estende por cerca de 3.000 anos-luz. A NASA compara-o a "uma lasca saindo de uma tábua de madeira.".

Essas descobertas foram publicadas pela primeira vez na revista Astronomy & Astrophysics em junho por pesquisadores sediados nos EUA, Portugal, China e Espanha. Lascas ou quebras semelhantes também foram observadas em outras galáxias espiral, mas esta é a primeira vez que é observado em nossa própria galáxia.

Estudar a estrutura da Via Láctea tem sido um desafio, dado o fato de que esta é a galáxia que a Terra está incorporada.

"É semelhante a ficar no meio da Times Square e tentar desenhar um mapa da ilha de Manhattan", disse a NASA em um comunicado à imprensa.

Os autores começaram a aprender mais sobre a estrutura da Via Láctea, focando-se em um dos braços da galáxia – o Braço de Sagitário.

Usando o agora aposentado Telescópio Espacial Spitzer da NASA, eles procuraram estrelas emergentes dentro de nebulosas. Spitzer poderia detectar luz infravermelha dentro dessas nuvens.

Os pesquisadores também usaram dados do observatório espacial Gaia da Agência Espacial Europeia para medir as distâncias da estrutura.

"As distâncias estão entre as coisas mais difíceis de medir na astronomia", disse o coautor Alberto Krone-Martins no comunicado de imprensa. "São apenas as recentes medições de distância direta de Gaia que tornam a geometria dessa nova estrutura tão aparente."

No entanto, os astrônomos ainda não sabem por que as galáxias formam braços em espiral.

"Em última análise, este é um lembrete de que há muitas incertezas sobre a estrutura em larga escala da Via Láctea, e precisamos olhar para os detalhes se quisermos entender esse quadro maior", disse o coautor Robert Benjamin no comunicado de imprensa. "Esta estrutura é um pequeno pedaço da Via Láctea, mas poderia nos dizer algo significativo sobre a galáxia como um todo."

Estudar a estrutura da Via Láctea, vista nesta ilustração, tem sido um desafio, dado o fato de que esta é a galáxia que a Terra está embutida dentro. (NASA/JPL-Caltech)



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