O objeto feito pelo homem mais rápido lançado ao espaço não é uma nave espacial, mas uma tampa bueiro de aço



Quando os Estados Unidos começaram a fazer seus próprios testes nucleares subterrâneos na década de 1950, ninguém tinha a menor ideia do que iria acontecer. 

Em 26 de julho de 1957, um teste de bomba atômica foi colocado na base de um poço de 485 metros de profundidade no deserto de Nevada, e alguns pensaram que seria uma boa ideia cobri-lo com uma tampa de bueiro de aço de meia tonelada para conter a energia da explosão. 

Robert Browlee, um astrofísico que havia planejado o teste, queria repetir o experimento com câmeras de alta velocidade, a fim de entender o que aconteceu com a tampa bueiro.

Assim, outro teste foi repetido, desta vez em um poço cavado, também no deserto de Nevada, com profundidade de 500 metros. Em 27 de agosto de 1957, a bomba foi detonada e câmeras de alta velocidade filmaram a tampa do bueiro enquanto subia e deixava o topo da nuvem de cogumelo em alta velocidade e caminhava para o espaço.

Browlee então calculou que nossa famosa tampa de bueiro tinha uma velocidade de escape de 125.000 km/h, cinco vezes mais rápida do que a velocidade de escape da Terra, tornando-a o objeto mais rápido da história a deixar nosso planeta.

Recentemente, alguns físicos, com a ajuda de simulações de computador, estão certos de que nossos dois objetos, lançados ao espaço com o único sistema de explosão atômica, não teriam tido tempo de queimar completamente antes de sair da atmosfera terrestre. 

Isso significa que ambas as peças, ou o que restou, teriam passado pela órbita de Plutão por volta de 1961 e agora estão muito além da fronteira do sistema solar, ou seja, bem mais de 50 anos antes das sondas espaciais da Voyager 1 e 2. 

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