A Popularidade da Princesa Isabel no Final do Império Brasileiro


"Nós últimos meses do Segundo Reinado, a popularidade da Princesa Imperial Isabel, futura Imperatriz Brasileira, era mais alta que nunca. Escritores de renome que viveram a época, como Machado de Assis e Lima Barreto relatam que as festas celebrando a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Regente foram as mais memóraveis daquela geração.

Os Republicanos temiam o futuro do movimento frente ao chamado "Isabelismo" Quintino Bocaiuva redator do Jornal "O Paiz"; e um fundadores da Republica Brasileira, afirmára sinceramente, ás vesperas da explosão revolucionaria do 15 de Novembro, que, sem o exército, viriam o Terceiro, o Quarto e o Quinto Reinados. 

Esperava-se e que a morte do imperador Dom Pedro II fosse a solução natural. O povo não esperava a vinda da República. Só se pensava no Futuro Reinado da Imperatriz Isabel I. Nem mesmo o Partido Republicano esperava a proclamação da república. Que só soube das “boas novas” no próprio 15 de Novembro de 1889. Os militares de Deodoro da Fonseca foram os verdadeiros salvadores do Republicanismo Brasileiro em meio ao fervor isabelista.

Os opositores do Terceiro Reinado sofreram um choque excessivamente desagradável quando Dona Isabel, na qualidade de regente, não só assumiu a liderança da luta contra a escravidão como conseguiu aboli-la em Questão de Meses. De fato, a Princesa Isabel se adiantou as forças progressistas do país e ganhou popularidade justamente entre aqueles que os republicanos afirmavam representar. A verdade é que estes republicanos, cultos e elitistas, não tinham muita simpatia pela massa analfabeta e ignara. A nova aliança entre a Princesa e a ralé fez, subitamente, com que o Terceiro Reinado parecesse bem menos ilusório é inviável do que se supunha. Por esse motivo os positivistas de Benjamin Constant perceberam que a instauração da República no Brasil não poderia acontecer pela via democrática, mas pela forças das armas.” Fonte: “Princesa Isabel do Brasil: gênero e poder no século XIX. Por Roderick J. Barman
/História da Civilização Brasileira de Pedro Calmon. Imagens: Princesa Isabel. Fotografia de Insley Pacheco, 1887./ Princesa Regente Isabel. Pintura de Aurélio Figueredo. Instituto Histórico e Geográfico do Amazonas
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