"O lmperador era a negação mesma do espirito militar, ele não tinha, é verdade, essa repugnância pelo soldado, como acontece não raro a certos temperamentos visceralmente pacifistas. Mas também não lhe tinha
amor, nem o sensibilizavam jamais as grandes propensões guerreiras. O militar era, "aos seus olhos de estudioso insaciavel de ciencia; senão uma futura inutilidade, uma necessidade que ele quisera utilizar melhor, fazendo,
em vez de um militar, um matemático, um astrônomo, um engenheiro."
Oliveira Lima dirá: "Estava muito longe de ser um chefe marcial, e não tinha interesse pelos assuntos belicos. Exagerava-se contudo esse
paisanismo, e até contava-se, para intriga com o Exército, que ao assistir a um desfile de tropa, êle dissera aos que estavam perto, apontando para os soldados: - Assassinos legais... "
A verdade é que apesar de nada ter de guerreiro, êle sabia dar o justo valor aos atos de bravura praticados no campo de batalha. É que aí não se tratava de gestos inúteis, ou mal utilizados, sinão porém de uma forma de patriotismo, barbara embora, mas que exigia
o emprego de qualidades excepcionais, postas voluntariamente a serviço da Patria. Quem, como êle, era profundamente patriota, não podia deixar de ter, como tinha, na mais alta conta tais atos de abnegação.
Dirá ainda Joaquim Nabuco: "Não houve um voluntario da Patria que não devesse a êle, exclusivamente, o cumprimento da promessa nacional feita, durante a guerra; não houve um oficial de mérito, de terra ou de mar, que não lhe devesse o paladio misterioso que
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