Foi durante o reinado de Pedro II que o Brasil se tornou conhecido e respeitado quer na América, quer nas outras partes do mundo. Até então éramos uma nação sem importância e atrasada.
D. Pedro II, com seu prestígio moral e índole progressista, com seu espírito culto e seus sentimentos democráticos, e principalmente com seu profundo amor pátrio, exerceu benéfica influência sobre os homens de governo e os políticos, sobre os homens de iniciativa e de ação, sobre os militares de terra e mar, sobre os artistas, os professores e os sacerdotes, sobre as classes cultas e as camadas populares, a favor do trabalho e do progresso.
Foi assim que, a exemplo dos Estados Unidos da América e de países europeus, tivemos as primeiras estradas de ferro a vapor. Aqui convém lembrar o nome de Irineu Evangelista de Sousa, Visconde de Mauá, que fundou a Estrada de ferro de Mauá (linha de Petrópolis), cujo funcionamento inaugurou, no Brasil, em 1854, o novo meio de transporte. Tivemos o telégrafo elétrico ligando cidades brasileiras e o Brasil a outros países; a navegação a vapor, os correios e o uso de selos postais, os telefones, a fundação de oficinas, fábricas, modernos engenhos de açúcar, grandes fazendas de café; a multiplicação de escolas, a melhor organização das forças armadas e outros melhoramentos. Nas cidades, que cresciam rapidamente, porque o comércio se engrandecia e a lavoura se estendia, surgiam os confortos das cidades mais adiantadas do mundo e que eram, naquele tempo, como que novidades: iluminação a gás, água encanada, esgotos modernos, calçamento das vias públicas, bondes a tração animal, telefones , etc.
O Brasil se civilizava e se igualava com as nações mais prósperas do globo.
Estrangeiros, atraídos por esse progresso, vinham para cá, aqui empregavam seu trabalho e seu dinheiro, no comércio, na indústria, nos transportes, bem como nas atividades científicas, artísticas e culturais. Aqui se fixavam, faziam-se brasileiros também, pelo coração ou pelas leis.
Foram, com D. Pedro II, cinquenta anos de prosperidade, meio século de desenvolvimento que despertou a admiração dos outros países. O Brasil se alinhou, definitivamente, entre as nações mais civilizadas do mundo.
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— Baseado em trecho do livro "Dom Pedro II, edições melhoramentos", escrito por Renato Sêneca Fleury
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