O esquecido Laos, uma pobre nação do Sudeste Asiático, carrega a triste fama de ser o país mais bombardeado do mundo.
Durante a guerra do Vietnã (1964-1975) os EUA atiraram 270 milhões de explosivos no Laos em mais de 500 mil ofensivas militares, ou seja, em uma conta simples, a cada oito minutos, durante 9 anos, aviões B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos despejaram dezenas de tipos de bombas sobre o país.
Outra conta também diz que no Laos, há cerca de nove toneladas de explosivos não detonados para cada habitante. Entre 10% e 30% das bombas não explodiram, por razões técnicas, mas continuam ativas no solo, como uma ameaça constante.
Oficiais americanos dizem que mais bombas foram atiradas no Laos do que no Japão e na Alemanha juntos durante a Segunda Guerra Mundial.
Muitas dessas bombas eram bombas fragmentarias, elas são feitas para ampliar o estrago ao liberar outras pequenas bombas quando atingem o solo, atualmente é vetado pela convensão de Oslo o seu uso e produção desde o ano de 2010.
Até hoje, já foram registrados cerca de 11,5 mil acidentes com munições não detonadas, cerca de mais da metade delas resultou em fatalidades.
Nas províncias mais afetadas é praticamente proibido andar fora das trilhas que desenham os arredores das cidades. Qualquer passo em cima de uma granada, por exemplo, pode mandar a pessoa pelos ares.
Uma peculiaridade desses locais é que devido ao alto número de lixo bélico nesses vilarejos, muitas paredes de casas, alicerces, morões de cerca, e até canteiros de plantas são feitos com restos de bombas desativadas, caixas de munições ou barris de combustível de tanques e de aviões, descartados e encontrados nos campos e nas florestas ao redor das aldeias.
O governo do Laos e ongs dedicam-se em tentar diminuir esse problema procurando e detonando essas bombas, porém, eles sofrem com a escassez de recursos, e ainda tem um trabalho árduo a fazer.
Texto e pesquisa: Ph Lacerda
Edit: Ao longo das últimas decadas os Estados Unidos, devido a grande pressão internacional e de seus cidadãos, enviou milhões de dólares para o governo do Laos, porém, perto de tamanho problema essa quantia é só uma gota no oceano de recursos nescessário para começar a resolver este problema.
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