A temperatura de um raio pode transformar areia em vidro, criando esculturas como essa

O que realmente acontece quando um raio atinge a areia?  

 
 

 

Você sabia que se um raio atingir a areia da praia ele pode gerar uma “escultura” de vidro? O fenômeno acontece quando descargas elétricas caem em regiões arenosas compostas por alto grau de sílica ou quartzo, formando um mineraloide conhecido como fulgurita, que normalmente ganha aparência de galho – ou de um raio – vitrificado.



Como a mágica acontece

Um raio pode gerar no solo um calor muito forte, algumas vezes mais quente que a superfície do Sol. Tal fato é essencial para que a fulgurita possa se formar, já que a alta temperatura é um dos fatores primordiais para que esse fenômeno relativamente raro possa ocorrer.



O fato é que a areia da praia pode ser composta por vários minerais, entre eles o quartzo, que contêm dióxido de silício (ou sílica). O dióxido de silício possui átomos de oxigênio e de silício que, expostos à alta temperatura, perdem seu alinhamento e se descompactam, virando assim um líquido. Caso o resfriamento do elemento seja muito rápido, os átomos podem não retornar à organização original e acabar se transformando em vidro. 

O fenômeno que pode acontecer na praia é justamente esse, porém todas as condições específicas para sua formação precisam estar presentes.

Primeiro, a areia precisa ter alta concentração de sílica, pois esse elemento é suscetível à vitrificação. Depois, o raio que cair no local precisa gerar mais de 1.800 graus Celsius, fundindo, dessa maneira, a areia em vidro de sílica. Esse vidro que surge recebe o nome de fulgurita e geralmente é oco, pequeno e quebra facilmente. Por isso, para tentar retirá-lo da areia é preciso ter bastante cuidado.


Nem tudo é fulgurita

Como é possível ver em um vídeo que circula nas redes sociais, o usuário mostra na areia o que seria uma fulgurita, que parece até um galho enterrado na areia. Não dá para saber apenas através da imagem, se realmente se trata de uma fulgurita, pois o fenômeno é raro e, como vimos, depende de alguns fatores em conjunto.




Contudo, o criador do conteúdo diz que o fenômeno aconteceu nos Lençóis Maranhenses, um local no qual a areia é predominantemente formada por quartzo, aumentando a chance de tal fenômeno ocorrer.
 
 
 
 
 
 
É raro, mas se o raio certo atingir a areia propícia, esculturas de vidros são criadas naturalmente. Especialistas acreditam que alguns raios podem atingir a temperatura da superfície do Sol, então quando um raio que ultrapassa a temperatura de 1.800 graus Celsius atinge uma areia de praia rica em sílica ou quartzo, causa uma fusão que transforma a areia em vidro de sílica.

A estrutura se ramifica como raízes de uma árvore dentro do solo, fazendo com que apenas uma ponta apareça na superfície.
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