“A fragata da Marinha Imperial Brasileira “Imperatriz” repelindo ataque Argentino na Guerra da Cisplatina” pintura de Eduardo de Martino 1875. Acervo do Museu Histórico Nacional
A Fragata Imperatriz, ex-Imperatriz Leopoldina, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil. Foi mandada construir no Arsenal de Marinha do Pará em virtude da Carta Regia de 14 de maio de 1818. A Imperatriz, antes denominada Imperatriz Leopoldina, foi apresada, incorporada e submetida a Mostra de Armamento no Pará em 14 de fevereiro de 1824. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-Tenente John Pascoe Grenfell.
Com a proclamação da independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, foi necessária, então, a criação da Marinha do Brasil Império, derivada de antigos navios do Reino Unido de Portugal, para evitar a fragmentação do país e garantir a consolidação da Independência.
A Fragata foi empregada pela primeira vez em comissão contra o corsário argentino Lavalleja e no combate a Revolução Pernambucana de 1824.
Encontrava-se no Rio de Janeiro, quando eclodiu a Guerra Cisplatina, sendo enviada para Montevideo.
A esquadra argentina sob o comando, do Almirante William Brown, não cessava de hostilizar as forças brasileiras, atacando a Colônia do Sacramento e Montevideo. Brown alimentava a idéia de capturar um navio brasileiro, mesmo no seio da nossa esquadra. Pretendia, sobretudo, aprisionar a Nichteroy, comandada por Norton.
Para isso em 27 de abril, com seis dos seus melhores navios, incluindo o 25 de Maio e o Independencia, foi fundear junto ao banco Ortiz; posteriormente, fez-se de vela e penetrando durante a noite entre os navios ali fundeados, procurou a Nichteroy e, ao invés dela, atacou a Imperatriz que se achava distante dos demais e com o aparelho arriado para refrescar. Brown enganara-se; não era Norton o rival com quem ia medir-se, mas outro não menos digno, o Capitão-de-Fragata Luis Barroso Pereira. Depois de um rude combate que durara uma hora e um quarto, a Fragata Imperatriz repele o inimigo. Lutaram com destaque os Artilheiros-Marinheiros, sob o Comando do Tenente Lopes da Silva.
No combate perdeu a vida o comandante Barroso Pereira.
Em 5 de julho de 1828, sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra João Carlos Fritz, a fragata zarpou do Rio de Janeiro, em Divisão com a Corveta Maria Isabel e regressou em 16 de outubro, conduzindo a Princesa D. Amélia de Leutchenberg, segunda Imperatriz do Brasil.
Considerada obsoleta em 1836, foi desarmada e transformada em guindaste flutuante.
Em 23 de dezembro de 1857, foi mandada vender em leilão publico. Tambem serviu como Quartel do Corpo de Imperiais Marinheiros.
Tags
história