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Eram 11h11 da manhã quando o Concorde deixou o aeroporto Paris-Charles de Gaulle para atravessar o Atlântico a uma velocidade nunca antes vista. Meia hora depois, o avião quebrava a barreira do som Mach 1 e com uma hora de voo, atingia 17.000 metros acima do Atlântico a 2.200 km/h (Mach 2).
A aterragem no JFK de Nova Iorque aconteceu às 08h47 da manhã, mais cedo do que a hora de saída em Paris, considerando as 6 horas de diferença horária entre França e a Costa Leste dos EUA.
Hoje, continua a levar mais de oito horas para ligar Paris a Nova Iorque. Com o Concorde era possível ir e voltar ainda durante o dia, mais rápido que a rotação da Terra.
O pior, o pior era o preço a pagar. Em 2001, um bilhete para viajar no Concorde ia aos 8.000 euros.
Os Concorde foram colocados a voar em 1976 em rotas com destino ao Rio, Caracas e Washington. Nova Iorque deveria ser o último destino atendido. Mas sob pressão de moradores locais e ativistas ecológicos, o Aeroporto Kennedy decidiu banir o Concorde por ser muito barulhento. Depois de algumas medidas introduzidas, a decisão é alterada.
A história do Concorde alterou-se em 2000 naquele que foi o único acidente que sofreu. Porém, por razões económicas após o 11 de setembro de 2001, as operações foram encerradas em 2003.
Os voos comerciais operados pela British Airways e Air France começaram em 21 de janeiro de 1976 e terminaram em 24 de outubro de 2003, com o último voo de "aposentadoria" em 26 de novembro daquele ano.
O avião continua hoje a ser um ícone da história da aviação, com a velocidade de 2.140 km/h em altitude máxima de cruzeiro e a sua silhueta ogival de asa delta e os quatro motores Olympus originalmente desenvolvidos para o bombardeiro e construídos em conjunto pela Rolls-Royce e a SNECMA.
Foi o primeiro avião civil a ser equipado com um sistema analógico de controle de voo fly-by-wire. O nariz rebaixado foi marca registada para visibilidade na aproximação e as suas luzes de pouso retraíam-se para reduzir o arrasto.
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