Um buraco de minhoca é um objeto que, em teoria, cria uma “fenda” no espaço-tempo, servindo de atalho entre dois pontos distantes no universo. Embora pareçam coisa de ficção científica, os buracos de minhoca são possíveis na Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.
Quando Einstein publicou suas teorias no início do século XX, os cientistas descobriram que o espaço e o tempo são indivisíveis, isto é, são parte da mesma estrutura chamada espaço-tempo. Tudo no universo está nessa “malha”, inclusive nosso planeta e nós, os seus habitantes.
O espaço-tempo é mais ou menos como uma grande esponja — dessas de lavar louça ou preencher travesseiros. Podemos apertá-la e esticá-la, e, quando fazemos isso, a estrutura da esponja ao redor do local pressionado (ou esticado) se move um pouco.
Imagine que apertamos, com os dedos, dois lados opostos da esponja até que eles se aproximem o máximo possível, a ponto dos dedos quase encostarem um no outro. Claro, eles não podem de fato se tocar porque há uma camada de esponja entre eles, mas esses pontos pressionados ficaram bem próximos.
Se você tiver uma agulha pequena, poderia atravessar a esponja enquanto esses pontos estão pressionados um contra o outro. Mas, se você soltá-los e deixar o material voltar ao seu formato original, a agulha pode não ser grande o suficiente para entrar por um lado e sair pelo outro.
O espaço-tempo é muito maior que qualquer esponja, mas a analogia é útil para entender como os buracos de minhoca funcionam. É como se alguém pudesse apertar dois pontos distantes do universo, espremendo a malha do espaço-tempo até que eles se aproximem. Assim, o buraco de minhoca não é exatamente um atalho, pois o espaço dentro deles ainda é o mesmo. A distância entre os pontos foi apenas comprimida — assim como a esponja não desaparece entre seus dedos, apenas se contrai em si mesma por causa dos vãos de seu material.
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🌐Fonte: CanalTech (adaptado)
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Espaço e tempo