Tenho 28 anos e quero conseguir viver onde cresci

“Tenho 28 anos e quero conseguir viver onde cresci, estou cansado de partilhar casa com desconhecidos e de viver na precariedade.“ Este é o relato de Daniel Portugal, um dos muitos jovens que, com rendas e casas com valores incomportáveis, continuam empurrados para vidas em quartos e imóveis partilhados com estranhos. “Não tenho mãe nem pai a quem pedir ajuda. Vou viver sempre assim? A minha companheira também alugou um quarto nos Anjos, mas nem juntando as duas rendas conseguimos um espaço nosso. Gostávamos de ter um filho…”, lamenta.

Mas nem as instituições arranjam teto para casos sociais urgentes. O caso de Cíntia e Bruno, 38 e 40 anos, é disso exemplo. Viviam numa pensão e chegaram a viver em espaços insalubres, mas a chegada do filho permitiu-lhes uma “casa“ maior: a sala de uma casa, isolada agora do resto do imóvel para dar mais um rendimento à senhoria. Tem apenas duas janelas e um WC sem duche. Custa €800 por mês.

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