Fulvia (83-40 a.C.) é reconhecida como uma das mulheres mais politicamente ativas na Roma Antiga. Nascida em uma família nobre plebeia de grande distinção, casou-se com Publius Clodius, um político populista. Fulvia rapidamente se tornou sua principal aliada, ganhando apoio público ao lado dele, e muitos seguidores de Clodius se tornaram tão leais a ela quanto a ele.
Fulvia foi a primeira mulher não mitológica a aparecer em moedas romanas. Após o assassinato de Clodius por um rival político, Fulvia não hesitou em expressar publicamente seu luto, chegando a arrastar o corpo de Clodius pelas ruas de Roma, o que incitou um motim. Sua atuação foi crucial para exilar o assassino de Clodius.
Após a morte de Clodius, os seguidores e as gangues que ele controlava passaram a ser leais a Fulvia.
O casamento subsequente de Fulvia com Marco Antônio é notável. Após o assassinato de César, Marco Antônio tornou-se uma das figuras mais poderosas de Roma, e Fulvia envolveu-se ativamente em sua vida política, defendendo-o das críticas de Cícero e mobilizando apoio nas ruas, similarmente ao que fazia por Clodius. Quando Cicero foi assassinado por seus opositores, ela cortou a língua do cadáver!
Em 42 a.C., quando Marco Antônio e Otaviano perseguiram os assassinos de César, Fulvia ficou em Roma, controlando a política e mantendo a cidade sob sua influência. Temendo por seu “pequeno império” e, possivelmente, buscando punir Marco Antônio por seu relacionamento com Cleópatra, Fulvia levantou uma legião contra Otaviano, iniciando a Guerra Perusina.
Após a derrota de suas forças, Fulvia foi forçada a fugir para a Grécia com seus filhos. Lá faleceu de doença desconhecida.