As primeiras transmissões de rádio no mundo foram realizadas na Zona Norte, há 125 anos.
É inegável a importância do rádio para a história social e cultural brasileira. Com aproximadamente 10 mil emissoras divididas entre am, fm e comunitárias, este meio de comunicação, ainda hoje, desempenha papel preponderante no acesso à informação de maneira rápida e acessível.
Porém, as primeiras transmissões guardam controvérsias. No âmbito mundial, durante os primeira metade do século 20, o americano Nikola Tesla disputou com o italiano Guglielmo Marconi o título de inventor e a patente do aparelho.
No Brasil, Roquete Pinto leva às honras de pai do rádio, com transmissão datada em 1922. Contudo, alguns estudos demonstram que a primeira transmissão ocorreu no fim do século anterior, sob o comando do Padre Roberto Landell de Moura.
Datava 16 de julho de 1899 (há 125 anos) quando o padre e cientista realizou as primeiras transmissões do então Colégio Sant´Anna, na Zona Norte/Nordeste da cidade, até a Ponte Grande (hoje Ponte das Bandeiras). Sequencialmente, em 1900, a transmissão alcançou a Avenida Paulista. Porém, a falta de investimentos na área científica impediu o avanço tecnológico do projeto.
Para contribuir com o tema, o Sesc Santana recebeu hoje o jornalista Hamilton Almeida, biógrafo do Padre Landell, para um bate-papo sobre a obra deste cientista brasileiro. Almeida, acessou fontes primárias na Itália, EUA e Brasil para embasar o estudo que virou livro “Padre Landell de Moura – Um herói sem glória”, lançado em 2006 pela Editora Record.