A cerca de 200 km a nordeste da capital sudanesa, Khartum, em um vale conhecido como Núbia, encontram-se os restos de três antigos reinos Kushitas. Aqui, você pode encontrar a maior concentração de pirâmides antigas já construídas.
Embora sejam menos famosas do que as grandes pirâmides de Gizé no Egito e menores em tamanho do que os primos egípcios, as pirâmides da Núbia não são menos notáveis.
Estas pirâmides foram construídas há cerca de 2500 anos, muito depois que os egípcios deixaram de enterrar os seus faraós em enormes tumbas, uma prática que quase os levou à falência. No entanto, os reis da Núbia estavam claramente fascinados por estas gigantescas estruturas e tentaram imitá-las.
O Reino de Kush floresceu durante 900 anos, de aproximadamente 800 a.C. até 280 após Cristo, e teve poder sobre uma vasta área que abrangeu grande parte do delta do Nilo e se estendeu para sul até Cartum.
Meroe foi a capital durante as fases finais do império. Aqui, na sua cidade capital, os núbios construíram cerca de 80 pirâmides radicalmente reduzidas sobre os túmulos de reis e rainhas do reino Kushite.
Estas pirâmides variam em altura de 20 pés (6 metros) até 100 pés (30 metros) e subem de fundações bastante pequenas que raramente excedem 25 pés (7,6 metros), dando ângulos muito íngreme aos lados das pirâmides. Uma das maiores pirâmides construídas para os governantes de Kush foi para uma mulher, a rainha Shanakdakheto (170-150 a.C.). Os lados das pirâmides estão adornados com elementos decorativos das culturas do Egito Faraônico, Grécia e Roma.
No total, os governantes de Kush construíram mais de 250 pirâmides, mais do do dobro das pirâmides de todo o Egito. Eles estão distribuídos em uma pequena região no deserto do Sudão.
Assim como os antigos egípcios, os reis da Núbia foram mumificados e enterrados, cobertos de jóias, em caixões de madeira, antes de serem sepultados.
Quase todas as pirâmides foram saqueadas há séculos.
No momento da sua exploração pelos arqueólogos nos séculos XIX e XX, descobriu-se que algumas pirâmides continham restos de arcos, carcaça de flechas, arneses de cavalo, caixas de madeira, móveis, cerâmica, vidro colorido, recipientes de metal e muitos outros artefatos que atestam o extenso comércio meroítico com o Egito e o mundo helenístico
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